Para o bem ou para o mal, a faculdade é um momento único na vida do designer. Normalmente ingressamos jovens e lá nos deparamos com professores de todas as idades, alguns há anos na área acadêmica, outros com alguma experiência de mercado, e é muito comum que o estudante se questione se aquele é o seu lugar ou não.
A faculdade de design possui grades curriculares projetadas, de modo geral, para equilibrar atividades práticas e teóricas, com alguns momentos de intensa reflexão e outros de pura ação.
Não é o lugar para aprender unicamente como se faz. É o local para pensar, questionar, apurar o senso crítico e ativar faculdades mentais que o estudante ainda nem sabe que possui. E só então partir para a ação.
É o local de ler dezenas de livros e textos - a maioria dos quais bastante enfadonhos, é de se reconhecer - e ver o que designers anteriores ao nosso tempo pensavam e faziam. É aprender com eles. Com seus erros e acertos.
Não é a toa que muitos calouros acabam se frustrando com o ritmo lento ou com a aparente falta de vivência de mercado dos professores.
Afinal, logo que ingressamos na universidade é comum que adentremos também no mercado de trabalho com estágios ou empregos como assistentes. E lá as coisas são bem diferentes do meio acadêmico.
No trabalho ninguém se importa se a cor é quente ou fria. Querem apenas que o banner entre logo no ar.
Essa ânsia pela praticidade é comum nas empresas. Torna-se até mesmo um requisito na hora de recrutar profissionais. Quanto mais rápidos e dinâmicos melhor. E não é de se estranhar que o profissional acabe absorvendo essas qualidades.
Torna-se então um exercício filosófico desafiador o ato de conciliar a faculdade com o trabalho.
Cabe ao profissional decidir o que quer ser: um profissional que faz ou um que pensa um pouco antes de fazer. Não há certo e errado. São perfis de designers. Alguns se adaptam ao ritmo acadêmico, outros não têm paciência.
Seja qual for o seu caso, é importante se decidir e aproveitar ao máximo seu curso. Seja em uma faculdade ou não.
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